Em 2025, o Brasil enfrenta uma escalada significativa nas tentativas de fraude, especialmente no setor de crédito. Entre janeiro e junho, foram registradas quase 7 milhões de ocorrências registradas, uma realidade que afeta turistas, estudantes, profissionais e famílias em todo o país.
Este artigo explora dados, modalidades de golpe, públicos mais afetados e recomendações práticas para que consumidores e empresas possam se proteger de maneira eficaz.
As instituições financeiras combateram 6.937.832 tentativas de fraude no primeiro semestre de 2025, o que equivale a uma média de uma a cada 2,3 segundos. O setor bancário e de cartões concentrou 53,7% das ocorrências, seguido por serviços (30%) e telefonia, que cresceu mais de 50% no mesmo período.
No que diz respeito à faixa etária, 59,5% das tentativas atingiram pessoas entre 26 e 50 anos, enquanto os menores de 25 correspondem a 15,2%. A seguir, aparecem os grupos de 51 a 60 anos (13,4%) e acima de 60 anos (11,9%).
Os golpistas utilizam diversas táticas para explorar vulnerabilidades nas transações de crédito. Conhecê-las é o primeiro passo para se proteger.
A principal vítima dos golpes de crédito no Brasil é o consumidor entre 26 e 50 anos, que representa quase 60% das tentativas. Este grupo possui alta presença digital e poder de consumo, atraindo a atenção dos criminosos.
Regiões urbanas do Sudeste concentram o maior volume de fraudes, mas Norte e Nordeste registram os maiores índices de crescimento percentual. Mesmo as pessoas mais experientes em segurança digital permanecem vulneráveis quando confrontadas com táticas cada vez mais sofisticadas.
Em 2025, o uso intensivo de inteligência artificial permitiu a customização de ataques adaptados ao perfil de cada vítima. Ferramentas automatizadas mapeiam redes sociais, aplicativos bancários e relatórios de crédito para criar abordagens hiperpersonalizadas.
Além disso, há um aumento de fraudes em validações cadastrais e biométricas, aproveitando brechas em sistemas que não acompanham o ritmo acelerado das inovações nos métodos de proteção.
Para enfrentar este cenário, é essencial que consumidores e empresas adotem medidas de segurança robustas.
Empresas devem:
O impacto humano das fraudes digitais vai além das perdas financeiras: gera insegurança, danos à reputação e medo de usar serviços online com confiança.
Com a superfície de ataque ampliada pelo crédito digital, cresce a urgência de um diálogo constante entre bancos, fintechs, órgãos reguladores e consumidores para atualizar protocolos de segurança e educar usuários.
O investimento em tecnologia e educação do consumidor reforça a necessidade de uma cultura antifraude, capaz de acompanhar a evolução dos métodos criminosos e, ao mesmo tempo, manter a inovação no setor financeiro.
Só assim será possível construir um ambiente financeiro mais seguro e confiável, onde o acesso ao crédito digital se transforme em oportunidade genuína, e não em armadilha para golpes sofisticados.
Referências